MANIFESTO PELA PAZ MUNDIAL
Artigo
de opinião
Nenhum homem é uma ilha
completa em si mesma. Todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra
firme. Se um torrão de terra for levado pelo Mar, a Europa ficará menor, como
se tivesse perdido um promontório, ou perdido o solar de um teu amigo, ou teu
próprio. A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me
encontro envolvido; por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti. John Donne (Tradução de Paulo Vizioli).
Vladimir Putin, o tirano do século XXI. Um perfil de líder político que precisa ser
banido da política mundial em caráter de urgência por representar grande ameaça
a toda a humanidade, à vida e ao próprio planeta. A Ciência não se exaure em
alertar para os riscos que se anunciam caso armas atômicas e outras tão letais sejam
postas em uso.
É aterrorizante
pensar nos efeitos da radioatividade que uma só ogiva atômica do calibre das
milhares que existem hoje distribuídas pelo planeta pode causar. É fato que
deixará o meio ambiente em total estado de ruína, além de provocar a dizimação
dos seres vivos, deixando aqueles que conseguir sobreviver, sejam humanos ou
animais em estado de cegueira absoluta e com doenças respiratórias da mais
elevada gravidade; comumente contaminará as águas podendo destruir a totalidade
dos animais aquáticos e marinhos que habitam até a profundidade de 300
(trezentos) metros abaixo do nível do Mar.
Vamos aos fatos à luz da
Física e da Física Nuclear acerca das unidades de medidas que compõem as bombas
nucleares ou atômicas. Pois bem, constituem-se até os dias atuais de duas
formas de aferição: pelo Quiloton e pelo Megaton:
O Quiloton, segundo a Física, compreende uma
unidade de medida equivalente a uma tonelada de massa de TNT – the nature of
the eletrical. De acordo com a Física Nuclear, a mesma proporção, porém em
energia nuclear. Ressalvando que as duas bombas deflagradas em Hiroshima e
Nagasaki, num intervalo de três dias, levando a óbito 146 mil pessoas,
continham, proporcionalmente, 16 e 20 Quilotons, perfazendo, as duas juntas, um
total de 36 toneladas de energia nuclear; ambas com capacidade de provocar
também queimaduras de terceiro grau a um raio de 8 e 11 Km. Destarte, o Megaton, segue a mesma regra,
todavia, com proporção para um milhão de toneladas de energia nuclear. Imaginem
o tamanho do impacto, a dimensão da radioatividade, do calor e dos estilhaços.
Um cálculo que não é difícil de se fazer. Fontes: Dicionário Oxford
Languages-https://www.google.com/...
Exatamente aqui aparece a
curiosa pergunta: quantos megatons pode acabar com a Terra? Segundo
Alexander Vivoni, em seu artigo sobre o tema, são necessários apenas três
Megatons, ou três milhões de toneladas de energia nuclear para levar o planeta
à total ruína. Mas, agregado à mesma curiosidade vem a outra pergunta: qual
o calibre das bombas nucleares de hoje? Segundo o mesmo autor, as bombas
nucleares de hoje contêm 57 (cinquenta e sete) Megatons, o equivalente a 57
milhões de toneladas, a exemplo da RDS 220 de
fabricação Soviética. Como podem ver, os dados falam por si.
Não pense o Senhor Putin que sua PÁTRIA ficará ilesa dos efeitos da
referida bamba, ao contrário sua Rússia será tão afetada quanto a Ucrânia e
demais países circunvizinhos, e pior, com efeito imediato, dado à proximidade,
sendo o restante do mundo também logo atingido. Nesse ponto, interrogações são
postas em reflexão: em que nível chegamos? Até aonde vai a ganância e a vaidade
humana?
Outra pergunta que não pode calar:
como ficará o Planeta a partir de temerário evento? Simplesmente irá seguir seu
eterno e desolado trajeto dentro do Sistema Solar, necessitando de no mínimo de
10 (dez) mil anos para se reconstituir, ou para conseguir filtrar a
radioatividade infestada. Sem dúvida que se tornará um mundo impossível de ser
habitado.
O Japão, empreendeu
todos os esforços para tentar eliminar a radioatividade imposta pelo bombardeio
atômico deflagrado nas vizinhas cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 09 de
agosto de 1945, porém sem muito êxito, porque ainda hoje existem lá, milhares
de pessoas contaminadas. O mais inquietante é saber que a dita radioatividade se
introjeta no próprio sangue das pessoas e, claro de todos os animais, perpassando
gerações. Fato que obrigou aquele País a optar pela criação de um sistema de
asilo (de uma colônia) para o exclusivo isolamento dos contaminados. Com
esforço chegou a desenvolver até uma tecnologia que possibilitasse sugar a
radioatividade e conseguiu, mas somente em pequenas proporções. Portanto, uma
experiência que acende o sinal de alerta, pois, caso ocorra deflagrações
atômicas em grandes proporções, o caos estará evidenciado. Que pasme a
humanidade.
A partir do advento da Segunda Guerra Mundial, ou mais precisamente no transcurso da chamada
Guerra Fria, esse mesmo estado ameaçador já impulsionava as grandes nações a
investir na chamada “Corrida Espacial”, objetivando tão somente encontrar um
outro planeta que pudesse ser habitado, a exemplo do projeto da Apollo 11 que
conseguiu chegar à Lua em 1969. Na realidade o objetivo seria encontrar um
caminho de fuga para imigração em massa certamente de uma elite privilegiada,
porque a Terra já se encontrava ameaçada de extinção.
O que encontraram? Apenas um mundo vazio e ainda mais ameaçador
porque o ser humano é pequeno demais para ousar desafiar os mistérios do
Universo. Por isso tiveram simplesmente que voltar tomados de decepção, porque
é aqui no Planeta Terra que se encontra a nossa sagrada e majestosa morada.
Mas, o que aconteceu com o mundo no chamado
pós-guerra, ou de 1945 aos dias atuais?
Multiplicaram-se ainda mais as ameaças em nome da ganância e da vaidade humana.
A prova se encontra explicitada com a criação de armamentos letais de elevadas
proporções.
Voltando ao caso Putin, o novo Czar russo, que tem a tradução de
César, o que logo remete-nos ao temível Império Romano, que por muitos séculos
adotou a prática da chamada pilhagem, ou seja, enquanto suprema potência de sua
época, todas as vezes que se encontrava em estado de crise econômica, se achava
no direito de invadir as nações menores objetivando tão somente subtrair seu
território e suas riquezas, bem como submeter seu povo ao regime de escravidão,
transformando a terra dominada em um mero estado de sua jurisdição. Uma prática
mais adiante seguida por outras grandes potências que foram insurgindo, a
exemplo da Inglaterra que seguiu o mesmo exemplo, por ocasião do advento das
grandes navegações (séculos XV - XVI), priorizando a prática da rapinagem, por
meio da qual passou a dominar povos, suas terras e respectivas riquezas, subtraindo
comumente navios carregados prioritariamente de ouro, diamante, mercadorias e
escravos, que ousassem cruzar sua chamada área de dominação.
É simplesmente
estarrecedor pensar que em pleno século XXI, ocorrência dessa natureza ainda se
pratique no mundo humano. Ponto em que outras indagações são postas: como fica
o princípio da soberania das nações? E o tratado internacional de direitos
humanos? E o próprio Direito Internacional? E as organizações internacionais criadas
para defender a paz e concórdia?
Chamamos a atenção para a atitude fria do senhor Putin, que deflagrou uma guerra sem fundamento algum contra
seus próprios irmãos ucranianos, com isso já causando flagelo e desequilíbrio
mundial. Quantos inocentes estão pagando com a vida para satisfazer seus
desígnios? Quantas crianças que sequer tiveram a oportunidade de viver? Quantas
estupros? Por falar nisso, que prática militar insana é essa Senhor Putin? E os
milhares de militares que estão perdendo o que lhes há mais sagrado – a vida? Militares
não são gente? Não têm famílias, filhos para cuidar? Não são humanos? Isso vale
para ambos os lados.
O mesmo pode se
associar aos comandantes e aos chamados defensores da pátria russa que se encontram a desempenhar um ridículo
papel. São realmente adestros por não conseguir se colocar no lugar do outro,
para ver e sentir a tamanha barbárie que estão cometendo contras pessoas
inocentes. Quanta monstruosidade, por isso não merecem ser tratados de humanos.
Até pouco tempo o
senhor Putin contava com a
simpatia do mundo, mas hoje ele é a vergonha do mundo. O mundo inteiro apostava
que ele pertencesse de fato a nova geração de novos líderes mundiais, mas
infelizmente acaba de provar que está com os pés no passado, mais tendente ao
stalinismo e ao nazifascismo. Outra prova de sua audácia está na manobra que acaba
de fazer para recolonizar a tão esfoliada África. Se tratasse realmente de acordos,
por que não os fizeram antes?
A essa altura ele
poderá até tentar remediar o caos,
optando, por exemplo, pela utilização da bomba de hidrogênio, obra de sua
criação e que fez questão de exibi-la para o mundo, por considera-la tão
eficiente e menos poluidora. Pois, pasme o mundo porque trata-se de uma arma
tão letal para a humanidade pela sua capacidade de destruição em massa, podendo
destruir num só estampido uma cidade da extensão de Brasília, com seus três
milhões de habitantes. Certamente é o que intenciona fazer com Kiev. Perguntamos:
Isso é honeste? Isso é justo? Isso é humano? Pois, saiba ele que caso se atreva
a fazer isso, irá conhecer o peso da oposição mundial que recairá sobre os seus
ombros.
No Antigo Egito construía-se pirâmides e grandes monumentos
para dignificar a grandeza e a glória do Faraó, hoje os pseudos heróis tentam
se glorificar construindo armas letais de destruição da vida. Ao que parece o
senhor Putin não consegue compreender o real significado e finalidade da vida,
por isso não é digno de merecer o privilégio de ocupar a honrosa cadeira da
Presidência da República de um país do nível da Rússia. Uma nação que traz a
marca do sofrimento em decorrência de maus governos, a exemplo do Stalin, que
conseguiu levar a óbito mais de vinte e cinco milhões de patriotas russos por
ocasião da Segunda Guerra Mundial. A nova Rússia tem que acabar com isso. Retroceder
nunca mais, chega de sofrimento.
É repudiável e
decepcionante a atitude dos
líderes mundiais que compuseram a III Reunião de Cúpula da Comunidade dos
Estados Latino-Americanos, do Caribe e da União Europeia, realizada em
Bruxelas, nos dias 17 e 18 de julho de 2023, quando manifestaram pela não condenação
a Vladimir Putin. Um verdadeiro absurdo, enquanto milhares de vidas estão sendo
ceifadas covardemente.
Convidamos o senhor Putin a refletir sobre esta máxima de um adágio
popular que sabiamente define a chamada secessão símile (ou divisão
familiar): “quem se casa é porque quer ter casa”, logo liberdade, independência.
Portanto, respeite a escolha do filho ou da filha que opta por libertar-se,
deixando-os livres para buscar o caminho que desejar seguir, isso é o mínimo
que um verdadeiro pater deve fazer. Deixe a Ucrânia em Paz. Deixe o povo
ucraniano livre para fazer sua soberana escolha. Respeite os Tratados de
Independência e de Soberania. A Rússia já é privilegiada o bastante e pode-se
dizer em todos os sentidos, por ser possuidora da maior extensão territorial do
planeta, por ser farta em riquezas naturais; por ser altamente desenvolvida em
ciência e tecnologias; por ser considerada uma grande potência mundial e
altamente reconhecida pela humanidade, portanto auto suficiente, só restando
melhorar no quesito “poder e representatividade política”, porque no século XXI
não há mais espaço para ditaduras.
Pedimos que reflita também sobre uma predição antiga que desvela a ousadia
do chamado espírito de perversidade, representada por um incrédulo que ousou
desafiar um Oráculo grego iniciando por conduzir em sua mão um pássaro pequeno
para caso ele (o Oráculo) conseguisse adivinhar o que trazia, o replicaria
indagando sobre seu estado de subsistência, ou seja, se estaria vivo ou morto
e, caso respondesse que estivesse vivo ele o asfixiaria até a morte e, caso
respondesse que estivesse morto, ele simplesmente o soltaria objetivando
vilipendiar a imagem do mestre. No entanto para a sua surpresa, notável foi a
resposta do sábio após responder que se tratava de um pássaro e, sobre seu
estado de conservação replicou ao incrédulo: “a solução de seus problemas está
em suas próprias mãos”.
Não existe essa
de querer submeter o outro à força e
aos desígnios da covardia, ao que ele (Putin) chama de Pacto Federativo. É
plausível a constituição de pactos que objetivem o fortalecimento de um povo e
de uma dada região, desde quando não interfira no sagrado princípio da nacionalidade.
Tem que fazer isso respeitando as diferenças e priorizando o que for de fato fundamental
a ambos os lados, sem imposições. O exemplo clássico disso está nas famílias
(nos lares), onde todos são diferentes, mas interligados por um princípio fundamental
– pela força do amor familial. Enfim, na diferença, e nunca na opressão.
Portanto, povo russo, o senhor Putin, está representante da Rússia,
mas ele não é o proprietário da Rússia. Ele não é supremo nem absoluto, o povo
russo sim. Por isso, como bem alerta o sábio: reajam porque a solução dos seus
problemas, bem como dos problemas da humanidade está em suas mãos. Reajam e
tirem logo esse monstro do poder antes que seja tarde demais.
Para fortalecer a
nossa reflexão acerca do assunto, ensejo para reproduzir, neste manifesto, alguns
fragmentos de uma mensagem de luz há muito professada pelos Rosa-cruzes:
SOU
RESPONSÁVEL PELA GUERRA
|
EU
PROMOVO A PAZ
|
• Quando orgulhosamente
faço uso da minha inteligência para prejudicar o meu semelhante.
• Quando menosprezo
as opiniões alheias que diferem das minhas próprias.
• Quando desrespeito
os direitos alheios.
• Quando cobiço
aquilo que uma outra pessoa conseguiu ganhar honestamente.
• Quando abuso da
minha superioridade de posição para privar os outros de sua oportunidade de
progredir.
• Se considero
apenas a mim próprio e a meus parentes pessoas privilegiadas.
• Quando me concedo
direitos para monopolizar recursos naturais.
• Se acredito que
outras pessoas devem pensar e viver da mesma maneira que eu.
• Quando penso que
sucesso na vida depende exclusivamente do poder da fama e da riqueza.
• Quando penso que a
mente das pessoas deve ser dominada pela força e não educada pela razão.
• Se acredito que o
deus de minha concepção tenha que ser o mesmo que os outros devem acreditar e
seguir.
• Quando penso que o país em que nasce o indivíduo
deve ser necessariamente o lugar onde ele tem de viver.
|
• Se direciono correta e construtivamente os
poderes da minha mente.
• Se concedo ao meu semelhante o direito
pleno de se expressar, de acordo com o seu próprio entendimento das verdades
da vida.
• Se reconheço que os meus direitos cessam
quando se iniciam os direitos de outros, e aceito isso como um mínimo
indispensável de disciplina.
• Se faço uso dos poderes interiores para
criar as minhas próprias oportunidades.
• Se consigo promover a evolução dos que me
cercam, sem considerar ameaçada a minha posição, e entendo que esta é a minha
maior fonte de sucesso.
• Se reconheço que os recursos naturais
devem servir indistintamente a todas as formas de vida, e que não me cabem
direitos exclusivos sobre eles.
• Se compreendo que nada é mais livre do que
o pensamento e que o pensamento construtivo transforma o Homem,
direcionando-o à sua verdadeira meta.
• Se percebo que todo ser humano pode vir a
ser um grato amigo, quando convencido pela argumentação sincera.
• Se considero que “a Alma de Deus adquire
personalidade no Homem”, e que este só pode conceber Deus a partir de sua
própria percepção da Divindade.
• Se reconheço a mim e ao meu semelhante
como partes integrantes do universo e que a cada um cabe a busca do lugar
onde melhor possa servir.
|
É por tudo isso e
muito mais que escrevi assino este artigo. Assino-o por considerar que sou
filho, que tenho filhos, netos e sobrinhos, que tenho alunos, que tenho irmãos
consanguíneos, que tenho irmãos adotivos, que tenho irmãos de espécie, que
tenho amigos, que tenho irmãos de reino, enfim, porque carrego no peito a
centelha do amor e do respeito à vida e à criação.
Herculano
da Silva Melo
Aos que forem
solidários à matéria e ao objeto proposto, sintam-se à vontade para comentar e
comumente compartilhar o artigo. Destarte, aos que se sentirem sensibilizados com
a emergência do assunto, sintam-se encorajados para produzir novos artigos,
pois, assim, irão contribuir com a melhoria e fortalecimento de nosso mundo.
15/08/2023