sexta-feira, 10 de maio de 2024

 


Minhas publicações:

 

1. Livro:

 

1.1. Introjeções 

Produção independente - dez/2001

Gráfica Multicor de Barra do Garças-/MT.


1.2.     Mitos & Mistérios do Roncador (2006)

www.tantatinta.com.br/carliniecaniato

ISBN: 978-85-99146-73-6

09-06987          -           CDD: 981-72 – História Regional

 

2. Artigos:

 

2.1.     Interação social na escola, formação e globalização

http://revistas.icesp.br/index.php/FINOM_Humanidade_Tecnologia/article/view/5040

 

2.2.        A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS

https://revista.institutoiesa.com/arquivos/553

Avanços & Olhares | Nº4 | Barra do Garças-MT 174

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

 

MANIFESTO PELA PAZ MUNDIAL

Artigo de opinião

 

Nenhum homem é uma ilha completa em si mesma. Todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo Mar, a Europa ficará menor, como se tivesse perdido um promontório, ou perdido o solar de um teu amigo, ou teu próprio. A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti. John Donne (Tradução de Paulo Vizioli).

Vladimir Putin, o tirano do século XXI. Um perfil de líder político que precisa ser banido da política mundial em caráter de urgência por representar grande ameaça a toda a humanidade, à vida e ao próprio planeta. A Ciência não se exaure em alertar para os riscos que se anunciam caso armas atômicas e outras tão letais sejam postas em uso.

É aterrorizante pensar nos efeitos da radioatividade que uma só ogiva atômica do calibre das milhares que existem hoje distribuídas pelo planeta pode causar. É fato que deixará o meio ambiente em total estado de ruína, além de provocar a dizimação dos seres vivos, deixando aqueles que conseguir sobreviver, sejam humanos ou animais em estado de cegueira absoluta e com doenças respiratórias da mais elevada gravidade; comumente contaminará as águas podendo destruir a totalidade dos animais aquáticos e marinhos que habitam até a profundidade de 300 (trezentos) metros abaixo do nível do Mar.

 Vamos aos fatos à luz da Física e da Física Nuclear acerca das unidades de medidas que compõem as bombas nucleares ou atômicas. Pois bem, constituem-se até os dias atuais de duas formas de aferição: pelo Quiloton e pelo Megaton:

O Quiloton, segundo a Física, compreende uma unidade de medida equivalente a uma tonelada de massa de TNT – the nature of the eletrical. De acordo com a Física Nuclear, a mesma proporção, porém em energia nuclear. Ressalvando que as duas bombas deflagradas em Hiroshima e Nagasaki, num intervalo de três dias, levando a óbito 146 mil pessoas, continham, proporcionalmente, 16 e 20 Quilotons, perfazendo, as duas juntas, um total de 36 toneladas de energia nuclear; ambas com capacidade de provocar também queimaduras de terceiro grau a um raio de 8 e 11 Km. Destarte, o Megaton, segue a mesma regra, todavia, com proporção para um milhão de toneladas de energia nuclear. Imaginem o tamanho do impacto, a dimensão da radioatividade, do calor e dos estilhaços. Um cálculo que não é difícil de se fazer. Fontes: Dicionário Oxford Languages-https://www.google.com/...

Exatamente aqui aparece a curiosa pergunta: quantos megatons pode acabar com a Terra? Segundo Alexander Vivoni, em seu artigo sobre o tema, são necessários apenas três Megatons, ou três milhões de toneladas de energia nuclear para levar o planeta à total ruína. Mas, agregado à mesma curiosidade vem a outra pergunta: qual o calibre das bombas nucleares de hoje? Segundo o mesmo autor, as bombas nucleares de hoje contêm 57 (cinquenta e sete) Megatons, o equivalente a 57 milhões de toneladas, a exemplo da RDS 220 de fabricação Soviética. Como podem ver, os dados falam por si.

Não pense o Senhor Putin que sua PÁTRIA ficará ilesa dos efeitos da referida bamba, ao contrário sua Rússia será tão afetada quanto a Ucrânia e demais países circunvizinhos, e pior, com efeito imediato, dado à proximidade, sendo o restante do mundo também logo atingido. Nesse ponto, interrogações são postas em reflexão: em que nível chegamos? Até aonde vai a ganância e a vaidade humana?

Outra pergunta que não pode calar: como ficará o Planeta a partir de temerário evento? Simplesmente irá seguir seu eterno e desolado trajeto dentro do Sistema Solar, necessitando de no mínimo de 10 (dez) mil anos para se reconstituir, ou para conseguir filtrar a radioatividade infestada. Sem dúvida que se tornará um mundo impossível de ser habitado.

O Japão, empreendeu todos os esforços para tentar eliminar a radioatividade imposta pelo bombardeio atômico deflagrado nas vizinhas cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 09 de agosto de 1945, porém sem muito êxito, porque ainda hoje existem lá, milhares de pessoas contaminadas. O mais inquietante é saber que a dita radioatividade se introjeta no próprio sangue das pessoas e, claro de todos os animais, perpassando gerações. Fato que obrigou aquele País a optar pela criação de um sistema de asilo (de uma colônia) para o exclusivo isolamento dos contaminados. Com esforço chegou a desenvolver até uma tecnologia que possibilitasse sugar a radioatividade e conseguiu, mas somente em pequenas proporções. Portanto, uma experiência que acende o sinal de alerta, pois, caso ocorra deflagrações atômicas em grandes proporções, o caos estará evidenciado. Que pasme a humanidade.

A partir do advento da Segunda Guerra Mundial, ou mais precisamente no transcurso da chamada Guerra Fria, esse mesmo estado ameaçador já impulsionava as grandes nações a investir na chamada “Corrida Espacial”, objetivando tão somente encontrar um outro planeta que pudesse ser habitado, a exemplo do projeto da Apollo 11 que conseguiu chegar à Lua em 1969. Na realidade o objetivo seria encontrar um caminho de fuga para imigração em massa certamente de uma elite privilegiada, porque a Terra já se encontrava ameaçada de extinção.

O que encontraram? Apenas um mundo vazio e ainda mais ameaçador porque o ser humano é pequeno demais para ousar desafiar os mistérios do Universo. Por isso tiveram simplesmente que voltar tomados de decepção, porque é aqui no Planeta Terra que se encontra a nossa sagrada e majestosa morada.

Mas, o que aconteceu com o mundo no chamado pós-guerra, ou de 1945 aos dias atuais? Multiplicaram-se ainda mais as ameaças em nome da ganância e da vaidade humana. A prova se encontra explicitada com a criação de armamentos letais de elevadas proporções.

Voltando ao caso Putin, o novo Czar russo, que tem a tradução de César, o que logo remete-nos ao temível Império Romano, que por muitos séculos adotou a prática da chamada pilhagem, ou seja, enquanto suprema potência de sua época, todas as vezes que se encontrava em estado de crise econômica, se achava no direito de invadir as nações menores objetivando tão somente subtrair seu território e suas riquezas, bem como submeter seu povo ao regime de escravidão, transformando a terra dominada em um mero estado de sua jurisdição. Uma prática mais adiante seguida por outras grandes potências que foram insurgindo, a exemplo da Inglaterra que seguiu o mesmo exemplo, por ocasião do advento das grandes navegações (séculos XV - XVI), priorizando a prática da rapinagem, por meio da qual passou a dominar povos, suas terras e respectivas riquezas, subtraindo comumente navios carregados prioritariamente de ouro, diamante, mercadorias e escravos, que ousassem cruzar sua chamada área de dominação.

É simplesmente estarrecedor pensar que em pleno século XXI, ocorrência dessa natureza ainda se pratique no mundo humano. Ponto em que outras indagações são postas: como fica o princípio da soberania das nações? E o tratado internacional de direitos humanos? E o próprio Direito Internacional? E as organizações internacionais criadas para defender a paz e concórdia?

Chamamos a atenção para a atitude fria do senhor Putin, que deflagrou uma guerra sem fundamento algum contra seus próprios irmãos ucranianos, com isso já causando flagelo e desequilíbrio mundial. Quantos inocentes estão pagando com a vida para satisfazer seus desígnios? Quantas crianças que sequer tiveram a oportunidade de viver? Quantas estupros? Por falar nisso, que prática militar insana é essa Senhor Putin? E os milhares de militares que estão perdendo o que lhes há mais sagrado – a vida? Militares não são gente? Não têm famílias, filhos para cuidar? Não são humanos? Isso vale para ambos os lados.

O mesmo pode se associar aos comandantes e aos chamados defensores da pátria russa que se encontram a desempenhar um ridículo papel. São realmente adestros por não conseguir se colocar no lugar do outro, para ver e sentir a tamanha barbárie que estão cometendo contras pessoas inocentes. Quanta monstruosidade, por isso não merecem ser tratados de humanos.

Até pouco tempo o senhor Putin contava com a simpatia do mundo, mas hoje ele é a vergonha do mundo. O mundo inteiro apostava que ele pertencesse de fato a nova geração de novos líderes mundiais, mas infelizmente acaba de provar que está com os pés no passado, mais tendente ao stalinismo e ao nazifascismo. Outra prova de sua audácia está na manobra que acaba de fazer para recolonizar a tão esfoliada África. Se tratasse realmente de acordos, por que não os fizeram antes?

A essa altura ele poderá até tentar remediar o caos, optando, por exemplo, pela utilização da bomba de hidrogênio, obra de sua criação e que fez questão de exibi-la para o mundo, por considera-la tão eficiente e menos poluidora. Pois, pasme o mundo porque trata-se de uma arma tão letal para a humanidade pela sua capacidade de destruição em massa, podendo destruir num só estampido uma cidade da extensão de Brasília, com seus três milhões de habitantes. Certamente é o que intenciona fazer com Kiev. Perguntamos: Isso é honeste? Isso é justo? Isso é humano? Pois, saiba ele que caso se atreva a fazer isso, irá conhecer o peso da oposição mundial que recairá sobre os seus ombros.

No Antigo Egito construía-se pirâmides e grandes monumentos para dignificar a grandeza e a glória do Faraó, hoje os pseudos heróis tentam se glorificar construindo armas letais de destruição da vida. Ao que parece o senhor Putin não consegue compreender o real significado e finalidade da vida, por isso não é digno de merecer o privilégio de ocupar a honrosa cadeira da Presidência da República de um país do nível da Rússia. Uma nação que traz a marca do sofrimento em decorrência de maus governos, a exemplo do Stalin, que conseguiu levar a óbito mais de vinte e cinco milhões de patriotas russos por ocasião da Segunda Guerra Mundial. A nova Rússia tem que acabar com isso. Retroceder nunca mais, chega de sofrimento.

É repudiável e decepcionante a atitude dos líderes mundiais que compuseram a III Reunião de Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos, do Caribe e da União Europeia, realizada em Bruxelas, nos dias 17 e 18 de julho de 2023, quando manifestaram pela não condenação a Vladimir Putin. Um verdadeiro absurdo, enquanto milhares de vidas estão sendo ceifadas covardemente.  

Convidamos o senhor Putin a refletir sobre esta máxima de um adágio popular que sabiamente define a chamada secessão símile (ou divisão familiar): “quem se casa é porque quer ter casa”, logo liberdade, independência. Portanto, respeite a escolha do filho ou da filha que opta por libertar-se, deixando-os livres para buscar o caminho que desejar seguir, isso é o mínimo que um verdadeiro pater deve fazer. Deixe a Ucrânia em Paz. Deixe o povo ucraniano livre para fazer sua soberana escolha. Respeite os Tratados de Independência e de Soberania. A Rússia já é privilegiada o bastante e pode-se dizer em todos os sentidos, por ser possuidora da maior extensão territorial do planeta, por ser farta em riquezas naturais; por ser altamente desenvolvida em ciência e tecnologias; por ser considerada uma grande potência mundial e altamente reconhecida pela humanidade, portanto auto suficiente, só restando melhorar no quesito “poder e representatividade política”, porque no século XXI não há mais espaço para ditaduras.

Pedimos que reflita também sobre uma predição antiga que desvela a ousadia do chamado espírito de perversidade, representada por um incrédulo que ousou desafiar um Oráculo grego iniciando por conduzir em sua mão um pássaro pequeno para caso ele (o Oráculo) conseguisse adivinhar o que trazia, o replicaria indagando sobre seu estado de subsistência, ou seja, se estaria vivo ou morto e, caso respondesse que estivesse vivo ele o asfixiaria até a morte e, caso respondesse que estivesse morto, ele simplesmente o soltaria objetivando vilipendiar a imagem do mestre. No entanto para a sua surpresa, notável foi a resposta do sábio após responder que se tratava de um pássaro e, sobre seu estado de conservação replicou ao incrédulo: “a solução de seus problemas está em suas próprias mãos”.

Não existe essa de querer submeter o outro à força e aos desígnios da covardia, ao que ele (Putin) chama de Pacto Federativo. É plausível a constituição de pactos que objetivem o fortalecimento de um povo e de uma dada região, desde quando não interfira no sagrado princípio da nacionalidade. Tem que fazer isso respeitando as diferenças e priorizando o que for de fato fundamental a ambos os lados, sem imposições. O exemplo clássico disso está nas famílias (nos lares), onde todos são diferentes, mas interligados por um princípio fundamental – pela força do amor familial. Enfim, na diferença, e nunca na opressão.

Portanto, povo russo, o senhor Putin, está representante da Rússia, mas ele não é o proprietário da Rússia. Ele não é supremo nem absoluto, o povo russo sim. Por isso, como bem alerta o sábio: reajam porque a solução dos seus problemas, bem como dos problemas da humanidade está em suas mãos. Reajam e tirem logo esse monstro do poder antes que seja tarde demais.

Para fortalecer a nossa reflexão acerca do assunto, ensejo para reproduzir, neste manifesto, alguns fragmentos de uma mensagem de luz há muito professada pelos Rosa-cruzes:

SOU RESPONSÁVEL PELA GUERRA

EU PROMOVO A PAZ

Quando orgulhosamente faço uso da minha inteligência para prejudicar o meu semelhante.

• Quando menosprezo as opiniões alheias que diferem das minhas próprias.

• Quando desrespeito os direitos alheios.

• Quando cobiço aquilo que uma outra pessoa conseguiu ganhar honestamente.

• Quando abuso da minha superioridade de posição para privar os outros de sua oportunidade de progredir.

• Se considero apenas a mim próprio e a meus parentes pessoas privilegiadas.

• Quando me concedo direitos para monopolizar recursos naturais.

• Se acredito que outras pessoas devem pensar e viver da mesma maneira que eu.

• Quando penso que sucesso na vida depende exclusivamente do poder da fama e da riqueza.

• Quando penso que a mente das pessoas deve ser dominada pela força e não educada pela razão.

• Se acredito que o deus de minha concepção tenha que ser o mesmo que os outros devem acreditar e seguir.

• Quando penso que o país em que nasce o indivíduo deve ser necessariamente o lugar onde ele tem de viver.

• Se direciono correta e construtivamente os poderes da minha mente.

• Se concedo ao meu semelhante o direito pleno de se expressar, de acordo com o seu próprio entendimento das verdades da vida.

• Se reconheço que os meus direitos cessam quando se iniciam os direitos de outros, e aceito isso como um mínimo indispensável de disciplina.

• Se faço uso dos poderes interiores para criar as minhas próprias oportunidades.

• Se consigo promover a evolução dos que me cercam, sem considerar ameaçada a minha posição, e entendo que esta é a minha maior fonte de sucesso.

• Se reconheço que os recursos naturais devem servir indistintamente a todas as formas de vida, e que não me cabem direitos exclusivos sobre eles.

• Se compreendo que nada é mais livre do que o pensamento e que o pensamento construtivo transforma o Homem, direcionando-o à sua verdadeira meta.

• Se percebo que todo ser humano pode vir a ser um grato amigo, quando convencido pela argumentação sincera.

• Se considero que “a Alma de Deus adquire personalidade no Homem”, e que este só pode conceber Deus a partir de sua própria percepção da Divindade.

• Se reconheço a mim e ao meu semelhante como partes integrantes do universo e que a cada um cabe a busca do lugar onde melhor possa servir.

 

É por tudo isso e muito mais que escrevi assino este artigo. Assino-o por considerar que sou filho, que tenho filhos, netos e sobrinhos, que tenho alunos, que tenho irmãos consanguíneos, que tenho irmãos adotivos, que tenho irmãos de espécie, que tenho amigos, que tenho irmãos de reino, enfim, porque carrego no peito a centelha do amor e do respeito à vida e à criação.

   Herculano da Silva Melo[1]

 

Aos que forem solidários à matéria e ao objeto proposto, sintam-se à vontade para comentar e comumente compartilhar o artigo. Destarte, aos que se sentirem sensibilizados com a emergência do assunto, sintam-se encorajados para produzir novos artigos, pois, assim, irão contribuir com a melhoria e fortalecimento de nosso mundo.

 

15/08/2023

 

 

 

   



[1] Herculano da Silva Melo, brasileiro, Professor de História com Mestrado em Ciências da Educação e membro da Academia de Letras Cultura e Artes do centro Oeste. Autor de dois livros publicados: Introjeções e Mitos & Mistérios do Roncador, também de vários artigos e poesias.

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